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terça-feira, abril 11, 2006

Discos pedidos


A pedido de muitas mentes inquietas, fieis ao nosso querido blogue, aqui, eu, projecto de jornalista, dou conta das ocorrências passadas a 1 de Abril de 2006.


Dia 1 de Abril, dia das mentiras, foi dia de FESTUBI. Cinco tunas, vindas dos mais recônditos locais deste pequeno Portugal e suas ilhas, juraram trazer boa disposição, boa música e excelentes actuações à cidade da Covilhã. Prometeram e cumpriram, contrariando a tendência do dia.
Desde quarta-feira, ainda por dias de Março, que os Tunídeos deambulavam pelas ruas e ruelas da cidade, parando a cada tasca para o copito de binho ou a famosa bejeca e à noite não havia bar que não contasse com tão animada presença. Contudo, dia, mas mesmo dia, é mentira, porque na verdade o espírito tunante também descansa e não há boa alma que aguente tantas horas de folia. Ainda que tenha havido um ou dois nas suas directas de guardar para a história, diga-se de passagem que só pelas 15 horas da tarde os restantes tiravam os narizitos debaixo dos lençóis e acorriam ao encontro dos mais ou menos madrugadores a fim de acabar com a singela calma que pairava no ar. De traje azul escuro e gravata azul clara (que ninguém tem tanto bom gosto) durante quatro dias foram presença familiar aos covilhanenses mais e menos atentos aos acontecimentos académicos. Pergunto-me por esta altura se alguma vez chegaram a trocar de traje... será que têm dois ou nas horas em que não eram vistos levavam os seus requintados e sedentos trajes à lavandaria? Fica a questão que tantas mentes afligiu.
Sexta havia de chegar nova tuna para de uma vez por todas destituir das pachorras mentes covilhanenses a concepção de tranquilidade que esta bela cidade tanto preservou. De Vila Real chegou a Transmontuna. Rapazes irrequietos, sedentos de aventura e um tanto ou quanto tresloucados. No fundo, contudo, não tão maus como poderiam parecer em primeira vista. O Espaço Covilhã foi desde cedo o local de encontro dos trovadores serranos (diga-se, local de encontro não por gosto, mas por referência numa primeira noite e por imposição dos trajectos, freepass e cerveja gratuita da segunda)... Depois de terem deixado as suas duas guias (que depressa passariam a quatro) uma hora à espera frente à Câmara Municipal depressa estas os haviam de encontrar refastelados num dos cafés do centro da cidade. A boa vida dos jovens era desde logo evidente... entenda-se pela quantidade de copos de cerveja vazios em cima das mesas. Provavelmente uma ajuda para evitar a ressaca do dia seguinte já que esta só se dá na interrupção demorada da ingestão de bebidas alcoólicas. Mas de facto ressaca foi algo que nunca chegou a preocupar nenhum dos transmontunos que de pausas nem sombras. Entre cafés, tascas e bares, tudo foi corrido a pente fino. A passada entre os vários sitios de paragem obrigatória foi sempre apressada (não fossem os mais adiantados acabar com a boa da loira, fresquinha e tão acessível) e a partida dos mesmos sempre muito demorada (não houvesse ainda senhas por esgotar). No entanto, apesar da sede tão típica destas correrias pelas ruas tão acidentadas da Covilhã sempre houve tempo para subir pinocos, conferir às rotundas uma nova memória (descrição entendível pelos presentes) e fazer serenatas às jovens (nem sempre muito belas) donzelas que se esgueiravam para as janelas ao minimo som de uma dúzia de vozes másculas e supostamente viris. O jantar foi mais um daqueles acontecimentos onde o suposto é encher a barriga mas no fim se sai da cantina de barriga vazia e uma azia... Efeitos claro de uma hora a ouvir barbaridades.

O festival propriamente dito foi mais um mundo à parte. Na verdade existiam duas dimensões do espectáculo - o que ocorria em cima do palco e o que se encontrava nos bastidores. Decididamente e apesar do mérito do concurso em si os bastidores são um prato. O convívio dá por vezes azo a muita gargalhada e a língua portuguesa a muitas interpretações. Elego pois os bastidores e por nada deles prescindirei em qualquer evento. No palco está a representação, o que fica bem porque há-de compensar. Nos bastidores encontra-se o estravasar, a ansiedade e o verdadeiro espírito académico de quem quer trocar experiências e porque não cds.

No fim, prémios entregues, a animação continuou noite fora. Os tunos, descendentes directos do deus Baco, habituados à boa bebida, nectar de divindades gregas e romanas, podem ainda com mais uns copos e a noite ainda é uma criança. Sobe o ritmo e as afinidades vão-se intensificando mais entre uns do que entre outros mas no fim todos se divertem e todos guardam na memória recordações de mais uma noite que só pára porque tem mesmo que parar.
Fecham-se umas portas. Abrem-se novas. É de novo manhã. As caras já só exprimem sono e cansaço mas estão de facto satisfeitas pelo convívio que se estabeleceu, as pessoas gentis e verdadeiras que se conheceram e as memórias de uns últimos meses de estudante que tantas saudades vão deixar.

P.s: Não distingo os Alfacinhas, a Tunadão e o ISEL por uma unica e válida razão: na verdade não os cheguei a conhecer.

6 Comentários:

Antes que o Nuno me mate pelo gigantesco post, deixo desde já aqui a minha solidatiedade para com ele, mas teve de ser, eu prometi que escrevia sobre este dia e o prometido é devido... Pardon!!!

As diferenças das três outras tunas:
ISEL - acessíveis, mas fica a análise: estiveram em palco embora não se tenha dado por isso (quem os viu antes e quem os viu no T.C.)
Alfacinhas - porreiros, e com uns "chapéus" engraçados
Tunadão - não justificaram a volta ao Festubi na minha opinião

:P

Em relação ao teu texto: li o primeiro parágrafo e a o P.S.
Não te quero ler o resto para não te acusar de falta de rigor, isenção e credibilidade ;P
Um dia, espero que longe, também eu vou começar a escrever textos destes, assim, longos...

Simplesmente Fenomenal...

Esqueceste da ida à casa da Guia pra roubar algumas bolachas, visto a fome ser imensa e a noite ainda uma criança...:^)

Espamos um convite para o próximo Festubi...foi um fds em cheio.

Bjokas do TransmonTuno

Pedro Guicho

Eu aqui não tenho de ser isenta, já o fiz na minha notícia, onde não me podem acusar de falta de rigor, isenção e credebilidade. Aqui dou unica e exclusivamente a minha visão, a minha opinião. Opiniões são como gostos... discutiveis mas nunca conclusivas.

Ainda vou ler a notícia :p

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