SEXTA-FEIRA 13: "Abanar o esqueleto"

"Abanar o esqueleto"

Ontem fui curtir a noite ao som do Pete Tha Zouk. Não é dos melhores mas é muito bom. Para meu agrado, levou com ele o violinista dos Quinta do Bill, o Nuno, e a mistura da batida de discoteca com o violino foi dos melhores momentos. Claro que para quem conhece a "personagem" da & Companhia, Alçada, também não se ficou atrás...
Tudo isto só para contextualizar.
Ontem, na noite, vi figuras impensáveis. Comentário do Nuno:"Se as pessoas fossem filmadas e vissem as 'cena'que fazem no dia seguinte, pensavam melhor antes de voltar a sair de casa".
Começou com um rapaz a ouvir músicas dos "Xutos e Pontapés": ele não batia o pé, ou acenava a cabeça...ele parecia que estava a pôr gasolina no carro. Com uma mão estendida a segurar algo imaginário e o resto do corpo a balançar como se quisesse que caíssem as últimas gotinhas de gasolina depois de o contador ter parado. Outro moço, tocava uma guitarra imaginária (na mesma música) e levantava a perninha (tipo cão) quando o som era um pouco mais forte ou no fim de cada "guitarrada". Claro que também havia aqueles que levantavam a cabeça de olhos fechados, e pareciam que concordavam com a música quando esta dizia que "de bragança a lisboa são nove horas de distância", como se com as autoestradas e com alguma velocidade não se pudessem poupar 15 ou 20 minutos...
Depois começou a loucura na pista onde estaria o dj Pete Tha Zouk. Só visto claro, mas mal ele pôs música ficou tudo louco, tudo a "abanar o esqueletinho" (direitos de autor do Nuno), tudo como que possuído por alguma entidade menos correcta, que me acabou por possuir também...Aí havia de tudo: desde gasolineiros, a puxa cordas, a verdadeiros cowboys a lançar a corda, a olhos fechados e claro que não podia faltar as mãozinhs no ar a incitar o dj, ou a tentar que o fumo saísse da frente dos olhos, de tanto que ele era...
Onde eu queria chegar era ao facto de ter sido uma noite "brutal" e que vai ficar na memória (e no corpo, dói-me tudo), e de que o ser humano é estranho quando possuído pela música e se lembra de "abanar o esqueleto"...