O lado negro da vida...

 
  Daniela Santos
João Cúcio
  Liliana Ferreira
  Mayra P. Fernandes
Nuno
Vanessa S
Neuza Correia
João Simão
   
   
 

WIKIpédia
RSS
E-MAIL

on-line | visitantes

 
 

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Votar Sempre

Estava entretida no ponto de cruz quando me lembrei que ficou pendente uma discussão relativa ao referendo sobre o aborto!
A questão é se o pessoal do Sexta se iria pronunciar e se contra ou a favor.
Estive a guardar-me, porque realmente não é fácil tornar pública uma posição desse género e enquanto ponderei conclui que este referendo não tem nexo!
1. Por que é que a minha posição (religiosa, moral, etc.) tem peso nas decisões de outrem? Se eu for contra o aborto é muito simples, basta não fazer!
2. Onde está o verdadeiro poder de decisão, do então dito Governo? Só nesta questão é que o Povo é soberano? Parece hipócrita!Uma quase futilidade que poderia estar resolvida há anos, com medidas conscientes e adequadas à sociedade em que estamos inseridos.
3. O tempo, sendo que tempo é dinheiro, desperdiçado em constantes campanhas de sim e não, em tempos de antena, panfletos e "tonterias" podia ser muito bem aplicado em assuntos de maior importância e urgência.
4. Caso o "não" ganhe provavelmente haverá revolta, segundo José Sócrates tudo ficará na mesma, mas algo me diz que o debate não findará se esse for o resultado. Tem que haver tema de conversa para os tertulianos, pois os grandes problemas de Portugal são muito bem camuflados por coisas menores.
4 a). Não considero a questão do aborto um caso menor. Mais à frente entenderão que o importante é criar condições e não apelar a uma decisão tão difícil e cruel, não tanto para o feto, mas para a mulher.
5. Se o sim ganhar haverá provavelmente um orçamento dirigido para esse fim. Se é possível tirar uma fatia com esse intuito seria muito mais lógico essa mesma fatia servir para ajudar as famílias que fossem adiante com a gravidez.
Nos dias que correm abortar, clandestinamente ou não, só é uma solução imposta pelas circunstâncias sociais, pelo próprio Governo, seja ele de que cor for. Pois, até agora ainda não houve verdadeiros incentivos à natalidade. Ninguém traz um filho ao mundo sabendo que as ajudas estarão entre o nada e os 250€ , contrapondo ao incentivo alemão, por exemplo.
As famílias mais afectadas por isto serão as de rendimentos muito inferiores, obviamente, nas quais 400€ não chegam para sustentar 2 quanto mais 3 ou 4!
Se se pode fazer negócio, como já se tem dito, através da prática do aborto, porque não fazer "negócio" pela prática da natalidade? Contra a desertificação?
Será legítimo pedir a um recém-licenciado, que com um pouco de sorte conseguirá um lugar numa loja ou super-mercado ou simplesmente o derradeiro desemprego, que encare uma gravidez (que nesta altura é comumente apelidada de acidente) e leve para a frente, dando menos ainda que o que os seus pais lhe puderam proporcionar?
Nenhuma das decisões é fácil!
Para que lado pendo eu? O meu voto está decidido, mas mais do que escolher sim ou não, é exercer o direito e dever a que muitos se tentam marginalizar.
Provavelmente votará mais gente neste referendo do que quando ocorrem eleições, isso sim será curioso!!!

0 Comentários:

Enviar um comentário

 

<< Home

template by: João Simão | simaocc on-line